Para introduzir e sedimentar um programa de formação continuada, a escola deve constituir-se num centro de atualização e reflexão sobre a ação educativa de seus profissionais professores e funcionários.
Na escola, capacitação define-se como formação continuada no trabalho. É um processo que se instala por meio de seminários, pequenos cursos para estudos coletivos e sistemáticos, reuniões para troca de experiências, reflexão sobre problemas encontrados em sala de aula, tomados de decisões em relação ao ensino-aprendizagem, etc. A formação continuada está relacionada ao desenvolvimento do profissional da educação que tem direito, como indivíduo de atualizar-se, permanente, para um bom desempenho e comprometimento com o seu trabalho. A formação, a qualificação e a capacitação são indispensáveis como quaisquer outros indicadores para um ensino de qualidade, sobretudo porque a docência exige um elevado grau de competência técnica. Ao contrário do que estamos habituados a presenciar, essa premissa é determinante para um ensino de qualidade. Deixar de levar em conta esse fator é fazer opção pela precariedade, pela não aprendizagem, pelo fracasso escolar. Acrescida a esses fatores, a forma de ingresso, assim como os critérios de remanejamentos, se necessário for, tem importância decisiva no conjunto das políticas públicas de educação. O concurso, então, é o único meio capaz de se sobrepor a um vício histórico da política brasileira que é, para muitos, considerar o espaço público um caminho para suprir necessidades privadas.
Garantir autonomia da gestão escolar é condição indispensável para a qualidade do ensino, porque é o único caminho a possibilitar a democratização das relações no interior de qualquer estabelecimento de ensino. Educação sem reconhecimento de direitos não é educação e só numa relação democrática é possível isso.
Garantir autonomia da gestão escolar é condição indispensável para a qualidade do ensino, porque é o único caminho a possibilitar a democratização das relações no interior de qualquer estabelecimento de ensino. Educação sem reconhecimento de direitos não é educação e só numa relação democrática é possível isso.
não podemos deixar de levar em conta as metodologias pedagógico-educacionais. São elas que orientam o fazer pedagógico e não há nenhuma garantia, com todas as outras condições asseguradas, que tenhamos um ensino de qualidade sem as metodologias compreendidas, revisitadas e postas em prática. Neste campo tão arenoso reside um amplo espectro de dificuldades, mas defendemos que a despeito delas, que cada método oferece, só através do diálogo é possível se criar condições para a liberdade, para a criatividade e para a tão necessária humanização. Assim só há um caminho: fazer do aprender um ato e do diálogo um método.
REFERENCIAS
PACHECO, Eliezer. Uma nova dimensão da aprendizagem. Brasília, INEP, 2004.
PARO, V. A gestão da educação ante as exigências de qualidade e produtividade da escola pública. In: SILVA, L. A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis: Vozes, 1998.
PARO, V. Eleição de diretores. A escola pública experimenta a democracia. Campinas, SP: Papirus, 1996.
RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. – 3. ed. – São Paulo: Cortez, 2002.
SANTOS, B S. Uma concepção multicultural de direitos humanos. IN: LUA NOVA. Revista de Cultura e Política. Nº 39, São Paulo: 1997.
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